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abril 01, 2025

Golpe de 1964 e a ditadura militar: ataque à democracia e aos direitos dos trabalhadores

Nesta terça-feira, 1º de abril, completam-se 61 anos do golpe militar de 1964, um marco sombrio da história brasileira que resultou na supressão das liberdades democráticas e na repressão aos movimentos sociais e sindicais. O regime ditatorial, que durou 21 anos, perseguiu trabalhadores, dissolveu sindicatos combativos e restringiu direitos fundamentais, instaurando um modelo econômico que precarizou ainda mais as condições de trabalho no país.

Desde os primeiros dias após o golpe, sindicatos e lideranças populares foram alvo de cassações, prisões e torturas. O arrocho salarial e a perseguição a qualquer forma de organização trabalhista marcaram o período, enquanto a política econômica favorecia grandes empresários e setores do capital estrangeiro. Greves foram proibidas e conquistas históricas da classe trabalhadora, como a estabilidade no emprego após dez anos de serviço, foram eliminadas.

Apesar da repressão, a resistência sindical foi fundamental para a redemocratização. Mesmo sob forte vigilância e ameaças, trabalhadores se reorganizaram em diferentes momentos, desafiando o regime e mantendo viva a luta por direitos. O fortalecimento do movimento sindical na década de 1970, com grandes greves operárias, foi um dos fatores que contribuíram para o enfraquecimento da ditadura e a retomada do processo democrático.

Mais de seis décadas depois, investigações recentes revelaram que setores políticos e militares estiveram envolvidos em uma nova tentativa de golpe no Brasil. Essa tentativa frustrada de ruptura institucional mostra que a democracia exige vigilância constante e que aqueles que tramam contra ela precisam ser punidos. A história do país já demonstrou que a impunidade só fortalece novos ataques às instituições democráticas. Sem anistia para quem conspira contra o Estado de Direito.

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