Saúde mental no MPSE: avanços, alertas e perspectivas em diálogo com o Sindicato

O cuidado com a saúde mental dos servidores do Ministério Público de Sergipe (MPSE) foi uma das pautas centrais da última reunião entre o SINDSEMP e o Procurador-Geral de Justiça (PGJ), Nilzir Soares. Em diálogo com a entidade, o PGJ reconheceu a necessidade de avanços nessa área e se comprometeu com uma série de encaminhamentos importantes.

O SINDSEMP propôs que servidores acometidos por transtornos mentais tenham o mesmo recurso administrativo garantido aos membros (promotores e procuradores) da instituição, que podem ter afastamento temporário para tratamento específico. Diante da sugestão, o PGJ sinalizou positivamente e pediu que o Sindicato oficie formalmente para que os encaminhamentos sejam adotados. Ele afirmou que a saúde mental já é uma das prioridades de sua gestão.

“É muito importante essa sinalização de avanço da política de saúde mental do órgão -  inclusive com médico psiquiatra no próximo concurso - e pela perspectiva de afastamento temporário do servidor para tratamento”, explica Mariana Rocha, coordenadora de Políticas Públicas do SINDSEMP e integrante da Comissão de Saúde Mental do MPSE

Novo centro de saúde

Além disso, o gestor informou que pretende estruturar um fluxo de atendimento voltado à saúde mental no MPSE, com a finalidade de detectar casos com mais agilidade e garantir o encaminhamento correto — evitando que servidores em sofrimento sejam tratados como infratores.

O PGJ também destacou a intenção de reformular o atual centro médico da instituição, criando um centro de saúde mais completo, com nova estrutura física e equipe multidisciplinar, incluindo profissionais da psicologia.

Para o SINDSEMP, a sinalização é positiva, mas os desdobramentos concretos seguirão sendo acompanhados de perto. A saúde mental precisa ser compreendida como um tema institucional e urgente, com políticas permanentes e ações efetivas que garantam acolhimento, dignidade e proteção aos trabalhadores e trabalhadoras do MPSE.

"São medidas muito importantes, especialmente a longo prazo, pois vão beneficiar não apenas os servidores do atual quadro da instituição, mas também os servidores que ingressão nos próximos concursos públicos", defende Mariana.