O tamanho do prejuízo dos Trabalhadores Efetivos do MPSE – 3/3


Com perdas salariais desde 2019, os Trabalhadores Efetivos do Ministério Público de Sergipe (MPSE) amargam não só a corrosão de seus salários mas também um sentimento de desvalorização por parte da administração da instituição. São muitos os apelos por concessão de um direito constitucional, mas que vem sendo recusado ou parcialmente concedido num percentual muito abaixo do necessário para evitar perdas.

O desrespeito teve início quando a administração do MPSE concedeu apenas 3,5% de revisão inflacionária em 2020 quando o Índice Nacional de Preços a Consumidor (INPC) fechou o ano de 2019 em 4,48%. O percentual de 0,98% residual passou a ser um dos pontos de pauta da reivindicação por valorização dos Trabalhadores Efetivos, mas nunca foi concedido.

As perdas provocadas por essa negativa foram agravadas quando no ano seguinte, nenhuma revisão foi concedida. Em plena pandemia da Covid-19, os trabalhadores amargaram perdas de 5,45% correspondentes ao INPC de 2020.

Já em 2021, os 10,16% do INPC fizeram com que o percentual somado dos três anos fosse fixado em 1 6,59%. Como apenas 3% foram concedidos pela administração do MPSE a partir de janeiro de 2022 e sem retroatividade, as perdas foram a 13,59%.

PERDAS ACUMULADAS

Considerando os percentuais de cada ano, o SINDSEMP-SE estimou quanto cada Trabalhador Efetivo perdeu em seus rendimentos devido a essa desvalorização da categoria. Analisando o impacto entre Técnicos e Analistas, percebe-se o nível de corrosão provocado por esse desrespeito. Os dados incluem as pendências de cada ano aplicadas ao salário base de cada faixa salarial e ainda soma o percentual de janeiro de 2022, fixado conforme o INPC em 0,67%.

Entre os Técnicos do MP, caso os percentuais do INPC fossem devidamente concedidos conforme a Constituição Federal preconiza, em três anos um servidor em início de carreira teria recebido pouco acima de R$ 5 mil a mais em seus rendimentos. Na faixa salarial de nível 8 – ponto intermediário na carreira – as perdas passam de R$ 7,8 mil e ultrapassam os R$ 11,7 mil no topo da carreira.

Entre os Analistas do MP, em início de carreira as perdas chegam a R$ 10 mil nesse mesmo período. No ponto intermediário da carreira, são R$ 15 mil a menos no orçamento das famílias enquanto R$ 22,6 mil deixaram de integrar os salários dos servidores no topo da carreira entre os Trabalhadores Efetivos.

Essas perdas não são só números aleatórios. Elas tem um impacto grande sobre a categoria. Com alta constante dos combustíveis, dos alimentos, gás, despesas escolares e outros custos, o desrespeito afeta o orçamento e corrói as reservas financeiras dos servidores, bem como dificulta a manutenção da qualidade de vida das famílias dos Trabalhadores Efetivos.

A maior força de trabalho do MPSE, com mais de 450 servidores e servidoras, é uma das grandes responsáveis para que a instituição tenha tamanha efetividade ao prestar um importante serviço à sociedade sergipana.

Em todos os setores, é ela quem faz andar a engrenagem de eficiência no trabalho extra judicial proporcionado pela casa. A justa valorização dessa categoria tem na concessão da revisão inflacionária o primeiro passo para que a política remuneratória do MPSE reconheça essa importância.

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O tamanho do prejuízo dos Trabalhadores Efetivos do MPSE – 2/3


Um grande injustiça marca a política remuneratória do Ministério Público de Sergipe (MPSE). Enquanto promotores e procuradores têm prioridade na concessão de verbas, os trabalhadores amargam perdas salariais devido a uma concessão mínima de “reajuste” que nem de longe recompõe a corrosão provocada pela inflação dos últimos anos.

Estudos da Assessoria Econômica do SINDSEMP-SE sobre os números financeiros disponíveis no Portal da Transparência apontam que há margem para negociação. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), apontada como principal argumento pela administração para negar o pleito, não representa entrave.

A injustiça começa já em 2019, quando a administração da casa concedeu 3,5% de revisão inflacionária baseada na meta para o ano, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). No final daquele ano, porém uma forte aceleração de preços fixou a inflação em 4,48% e não houve a devida correção, fazendo com que ficasse um percentual residual de 0,98% pendente em 2020.

Apesar da insistente campanha do Sindicato pela recomposição desse percentual residual, nada foi feito e, ao final de 2020, a inflação fechou em 5,45% com a pandemia da Covid-19 dificultando ainda mais a situação das famílias dos Trabalhadores Efetivos. Sem reajuste e após novo grupo assumindo a administração do MPSE, as negociações prosseguiram.

Em 2021, a inflação fechou em assombrosos 10,16%. A administração do MPSE, entretanto, concedeu apenas 3% de “reajuste” concedidos a partir de janeiro de 2022 e sem retroatividade. Isso aconteceu em meio a apelos insistentes da categoria por justiça ao longo de 2021, mas culminaram com a administração priorizando a gratificação de acervo a promotores e procuradores de justiça.

As perdas salariais acumuladas desde 2019 alcançam 13,59% nessa escalada de desrespeito a um direito constitucional dos Trabalhadores Efetivos. Em plena Campanha Salarial 2022, a categoria espera que a administração da instituição se sensibilize com a situação orçamentária das famílias dos Trabalhadores Efetivos e valorize a maior força de trabalho no MPSE.

 

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O tamanho do prejuízo dos Trabalhadores Efetivos do MPSE – 1/3


Imagine deixar de receber injustamente mais de R$ 300 em seu salário todo mês. É com essa realidade que os Trabalhadores Efetivos do Ministério Público de Sergipe (MPSE) em início de carreira tem de lidar com a defasagem de seus vencimentos frente à inflação dos últimos anos.

Considerando a perda acumulada de 13,59%, Técnicos do MP deixar de receber exatos R$ 333,41 mensalmente. Trabalhadores desse segmento em nível 15 – no topo da carreira para ingressantes de nível médio – amargam R$ 753,80 a menos em seus salários mesmo executando habilmente serviços essenciais para o bom funcionamento da instituição.

 

Entre Analistas do MP, o rombo é ainda mais severo. A defasagem salarial chega a R$ 644,37 em nível 1 e no nível 15 há perda de R$ 1.456,85 nos rendimentos de profissionais de nível superior com formações profissionais diversas e com especializações que qualificam o serviço prestado pelo Ministério Público estadual.

 

A categoria não aguenta mais esperar. Com reunião marcada entre o SINDSEMP-SE e a administração do MPSE para o dia 7 de março, a expectativa é que, finalmente, seja reconhecida a extrema injustiça na política remuneratória da instituição e os salários defasados sejam equacionados diante das perdas inflacionárias.

 

 

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Panfletagem no edifício-sede do MPSE reforça pauta e diálogo com a base


A Diretoria Executiva do SINDSEMP-SE esteve na entrada do edifício-sede do Ministério Público de Sergipe (MPSE) distribuindo panfletos da Campanha Salarial 2022. A ação desta manhã de quinta, dia 17, teve como objetivos estreitar o diálogo com a base e reforçar pontos da luta dos Trabalhadores Efetivos.

O panfleto seguiu os temas abordados na segunda semana da campanha. Foi exposta a contradição com que a administração da instituição trata as pautas dos diferentes segmentos que compõem o MPSE.

No entendimento dos Trabalhadores Efetivos, a celeridade com que as medidas de interesse de Promotores e Procuradores são encaminhadas e ganham resolução não se aplica em relação às pautas específicas da categoria.

O Sindicato segue a programação de mobilização, ampliando o debate acerca das reivindicações da base. Além de manter um canal aberto com os servidores, também vem acontecendo diálogo com membros solidários à causa dos Trabalhadores Efetivos.

 

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Dia 7 de março – administração do MPSE marca data de reunião


Após longa espera dos Trabalhadores Efetivos, finalmente a administração do Ministério Público de Sergipe (MPSE) agendou reunião para receber o SINDSEMP-SE no dia 7 de março. Será a oportunidade de reforçar a pauta de reivindicações com ênfase na recomposição salarial da categoria, que amarga perdas de 13,59% nos últimos três anos.

O agendamento é uma resposta ao ofício n° 007-2022 em que o SINDSEMP-SE pedia retomada das negociações para discutir a pauta da Campanha Salarial 2022.

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Verdades nada secretas sobre o MPSE – 2/3


Gratificação de acervo, pagamentos de férias, licenças e outras verbas. O orçamento do Ministério Público de Sergipe (MPSE) está repleto de repasses para os Promotores e Procuradores com celeridade no atendimento de seus pleitos. Nada impede, porém, que os Trabalhadores Efetivos sejam igualmente respeitados e valorizados.

Nada, além de vontade política da administração da casa.

Estudos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) apontam que há margem orçamentária e fiscal para concessão da justa revisão inflacionária. Conforme dados do Portal da Transparência, é possível conceder a justa revisão sem ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Entretanto, a maior força de trabalho da instituição amarga perdas de 13,59% que se acumulam por longos três anos.

Diante de um direito constitucional dos Trabalhadores Efetivos, a administração infelizmente prefere deixar de lado as demandas mais urgentes da categoria que faz andar a eficaz engrenagem do MPSE ao prestar um importante serviço à sociedade sergipana.

A gratificação de acervo foi discutida no segundo semestre de 2021 e já em fevereiro há normativa regulamentando essa bonificação exclusiva aos Promotores e Procuradores de Justiça. Rapidamente os Colégio de Procuradores de Justiça votou e foi encaminhado ao legislativo que aprovou a medida em ritmo acelerado.

O mesmo aconteceu com o reajuste dos auxílios alimentação e saúde. Embora esta seja uma das reivindicações dos Trabalhadores Efetivos, fica evidente que a celeridade entre discussão e aplicação da medida deve-se ao fato de que os membros também são beneficiados com o reajuste.

Os Trabalhadores Efetivos, portanto, cobram respeito e justiça na maneira com que as demandas são encaminhadas. É preciso que as pautas sejam discutidas de forma transparente e ampla, democratizando o acesso ao orçamento da instituição e, principalmente, proporcionando justiça à política remuneratória do MPSE.

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Administração do MPSE responde Sindicato sem indicar intenção de negociar

Na segunda, dia 14, foi encaminhado ao SINDSEMP-SE resposta à Carta Aberta aos/às Procuradores/as de Justiça do MPSE sem indicação clara de que há disposição por parte da administração da instituição para reabrir negociação sobre os pleitos dos Trabalhadores Efetivos em 2022.

Na resposta, além de “consignar ciência às mencionadas postulações”, conforme redação do documento, apenas há citação direta ao reajuste dos auxílios aprovados pelo Colégio de Procuradores de Sergipe no último dia 10. Foram anexados, também, atos normativos: Portaria nº 302/2022, que atualiza os valores do auxílio saúde; e a Portaria nº 303/2022, que atualiza o valor mensal do auxílio alimentação.

Clique ou toque aqui para conferir a resposta da administração do MPSE aos Trabalhadores Efetivos

Paralelamente ao encaminhamento dessa resposta ao SINDSEMP-SE, a administração regulamentou a gratificação de acervo. A Resolução nº 004/2022 -CPJ já foi publicada e versa sobre essa verba adicional para Procuradores e Promotores de Justiça que vem sendo motivo de indignação entre os Trabalhadores Efetivos por não ser percebida compreensão de que a categoria também precisa ser valorizada.

O incômodo dos Trabalhadores Efetivos não é injustificado. Há demora excessiva no atendimento dos pleitos que, conforme estudos econômicos a partir de dados do Portal da Transparência, são totalmente possíveis do ponto de vista de sua viabilidade fiscal e orçamentária. Falta vontade política e a celeridade com que há diálogo, resolução e efetivação dos procedimentos em que os membros são beneficiados demonstra isso.

A Campanha Salarial 2022 dos Trabalhadores Efetivos – Defender Direitos, Lutar por Justiça – segue reivindicando os demais pontos de pauta deliberados em assembleia geral da categoria. Continuaremos expressando nossa indignação até que a maior força de trabalho do MPSE seja devidamente reconhecida e valorizada.

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Ato denuncia exploração análoga à escravidão nos canaviais de Sergipe

A matéria a seguir é de autoria da Assessoria de Comunicação da secção sergipana da Central Única dos Trabalhadores (CUT-SE) e foi originalmente publicado em 12 de fevereiro de 2022. Republicamos aqui, na íntegra, por entendermos que nossa categoria integra a luta da Classe Trabalhadora por mais direitos e respeito em oposição à exploração e ao retrocesso.



Ato denuncia exploração análoga à escravidão nos canaviais de Sergipe

Em frente à Associação dos Plantadores de Cana, no Centro de Aracaju, a manifestação reuniu trabalhadores do campo e da cidade

Escrito por: Iracema Corso

A exploração do trabalho em condições análogas à escravidão foi alvo de manifestação na manhã deste sábado, dia 12 de fevereiro, no Centro de Aracaju. Em frente à Associação dos Plantadores de Cana, localizada na Rua de Capela, movimentos sociais do campo, com apoio da classe trabalhadora e do movimento agroecológico protestaram contra a Usina Pinheiros pela denúncia de 11 trabalhadores trazidos do Piauí e do Maranhão, mantidos em situação análoga ao trabalho escravo.

O site Expressão Sergipana já havia divulgado a ação civil pública contra a empresa VF Mecanização, Transporte e Serviços LTDA e a Usina São José de Pinheiro LTDA ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho no dia 31 de janeiro. A empresa que declara ter capital de R$ 165 milhões possui sócios da família Franco.

A ação do Ministério Público do Trabalho destacou as condições de trabalho precárias, o transporte ilegal dos 11 trabalhadores trazidos do Maranhão e do Piauí, sujeitos a alojamento sem limpeza e estrutura adequada, além do corte da cana próximo ao fogo ameaçando a saúde e a segurança dos trabalhadores.

Trabalhadores agrícolas da região Sul, do Sertão, da região e Centro-Sul de Sergipe e da região Metropolitana de Aracaju participaram da manifestação. Membro do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Mauro Luís explicou que a realidade nas plantações de cana é muito dura.

“O trabalho na cana é uma escravidão permanente, isso é histórico, os trabalhadores nunca se libertaram, é um trabalho muito duro. Na região do baixo São Francisco, em Neópolis, a plantação de cana acontece com pulverização aérea de veneno em cima das comunidades de trabalhadores rurais. As pessoas saem a trabalhar às 5h da manhã e só voltam às 6h da noite. Muitas vezes só tem comida estragada pra comer e recebiam até pouco tempo R$ 36 de diária. A exploração análoga à escravidão existe muito nos canaviais”, criticou Mauro Luís.

O pequeno agricultor destacou que muito político, em defesa do agronegócio, finge não saber a situação que muitos agricultores sofrem. “O agronegócio é colocado como a salvação da agricultura, mas olha o resultado. Ele produz a exploração extrema como na escravidão, produz a monocultura. A cana não é alimento. A cana produz álcool, comodities, não contribui para a alimentação da população. A lei tem que ser cumprida. Se é trabalho análogo ao escravo, as terras têm que ser desapropriadas”, cobrou Mauro Luís.

Felipe Caetano do MCP (Movimento Camponês Popular) criticou que em pleno ano de 2022 ainda exista este tipo de exploração ‘debaixo de nossa vista’. “É revoltante a permanência do trabalho análogo ao escravo, mantendo o trabalhador em condições sub-humanas para garantir o lucro dos patrões no negócio da cana. Viemos denunciar porque esse absurdo foi muito pouco mostrado nos meios de comunicação. A lei precisa ser cumprida e os responsáveis penalizados”, afirmou.

Dalva da Graça do MOTU (Movimento dos Trabalhadores Desempregados/Movimento Organizado dos Trabalhadores Urbanos) alertou que este problema não se encerra no campo. “Muitas pessoas que vivem nas periferias e em outras cidades também são levadas para localidades de difícil acesso e enfrentam condições sub-humanas de trabalho. “Diante do desemprego, as pessoas aceitam contrato por comida e moradia. Não podemos aceitar este retrocesso imposto pela direita conservadora do Congresso Nacional. Nossa luta é por direitos, por moradia digna e por emprego digno também”, defendeu.

Dirigentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT Sergipe), Joelma Dias e João Fonseca também participaram do protesto. “Enquanto Central Única dos Trabalhadores, estamos aqui apoiando os trabalhadores do campo contra os desmandos nessas usinas que diariamente exploram trabalhadores como escravos. Eles ganham diárias e trabalham sem alimentação adequada, sem repouso, sem água, debaixo de um sol quente. Somos solidários nesta luta e precisamos dar um basta nesses governos que incentivam a exploração desumana dos trabalhadores”.

Fiscalização Sabotada e Impunidade
A impunidade alimenta a continuidade desta prática da exploração do trabalho em condições análogas à escravidão, principalmente após a diminuição da capacidade de fiscalização do Ministério do Trabalho e da Justiça do Trabalho após a Reforma Trabalhista, aprovada em 2017 no governo de Michel Temer, assim como a Medida Provisória 1045/2021 do Governo Bolsonaro.

Como forma de sabotar a fiscalização, em ambos governos golpistas, as equipes de fiscalização e resgate de trabalho escravo foram reduzidas. Além disso, o orçamento disponível é inferior ao orçamento de 10 anos atrás. Se os artigos 184 e 186 da Constituição Federal fossem cumpridos, todos os patrões que constam na Lista Suja do Cadastro de Empregadores teriam suas terras desapropriadas.

Atualmente, as empresas só podem ser multadas após duas visitas “de orientação” de auditores. Por isso é preciso revogar a Reforma Trabalhista, a Medida Provisória 1045/2021 e reestruturar os órgãos de fiscalização para não estimular que a injustiça e a exploração análoga à escravidão se perpetuem em Sergipe e no Brasil.

A manifestação também foi construída por muitos jovens que lembraram a comemoração recente do aniversário de 10 anos do Levante Popular da Juventude. “A juventude sempre teve uma tarefa histórica nas grandes mudanças da sociedade e não podia faltar neste protesto. Os engenhos que se transformaram no agronegócio pela quantidade e posse da terra. Vemos a brutalidade do agronegócio no Brasil e em Sergipe que, aliado a vários políticos desmontaram o Estado brasileiro, os instrumentos de fiscalização e de combate ao trabalho análogo ao escravo”, afirmou Marcos Galvão do Levante.

 

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VERDADES NADA SECRETAS SOBRE O MPSE – 1/3


A partir dos números oficiais do Ministério Público de Sergipe (MPSE), o SINDSEMP-SE, através de sua assessoria econômica, realiza estudos que comprovam: a instituição possui condições orçamentárias e fiscais para conceder revisão inflacionária justa aos Trabalhadores Efetivos.

Confrontando um dos argumentos utilizados pela administração do Ministério Público de Sergipe (MPSE), dados do último quadrimestre de 2021 demonstram que há possibilidade de concessão de até 11,11% de revisão sem que isso resulte em infração da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) no órgão.

Esse percentual, apesar de não alcançar a totalidade das perdas desde 2019 (fixadas em 13,59% se considerada a inflação do período e já descontadas as revisões parciais concedidas em 2019 e 2021), já reduz a grande corrosão que as famílias dos servidores enfrentam em seus orçamentos.

Segundo a LRF, há limitações quanto ao percentual dedicado à folha de pagamento de pessoal dentro do orçamento. O limite de alerta é fixado em 1,8% da Receita Corrente Líquida dedicados à despesa de pessoal.

Desde o início da luta pela revisão inflacionária integral, o SINDSEMP-SE busca fundamentar os pleitos dos Trabalhadores Efetivos por meio de estudos realizados por sua Assessoria Econômica.

Os dados disponíveis no Portal da Transparência são constantemente analisados por Luis Moura, supervisor técnico em Sergipe do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).

Nossa luta é justa e bem fundamentada. Por isso continuaremos reivindicando que o direito constitucional dos Trabalhadores Efetivos seja assegurado e continuamos aguardando pela abertura de negociação franca, transparente e democrática com a administração em 2022.

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Administração do MPSE responde a solicitações de medidas sanitárias do SINDSEMP-SE


A administração do Ministério Público de Sergipe (MPSE) encaminhou resposta ao ofício nº 003/2022 do SINDSEMP-SE que pedia a adoção de novas medidas sanitárias devido ao avanço da covid-19 em Sergipe.

A solicitação em nome da segurança dos Trabalhadores Efetivos foi feita em 28 de janeiro e pedia rodízio de servidores em trabalho presencial nos setores, adoção de regime de trabalho 100% remoto para trabalhadores em grupo de risco e regressão ao plano de combate à Covid-19.

O documento requeria também distribuição de máscaras adequadas, de modelo NR95 ou PFF2, que são as apontadas como as mais eficazes contra a variante ômicron da doença.

Como resposta a esses pleitos, a administração do órgão afirmou que a Portaria Conjunta nº 159/2022-PGJ, de 31 de janeiro de 2022, atende parcialmente ao pedido, uma vez que reestabelece ou mantém em vigor algumas das medidas restritivas, entre elas home office integral para servidores em grupo de risco e ocupação parcial das unidades do MPSE.

Quanto à distribuição de máscaras adequadas, a administração afirma que não irá atender a solicitação, uma vez que já foi realizada distribuição de máscaras em outros momentos e que não há exigência legal de distribuição de máscaras específicas.

Ainda foi informado que após dois anos de vigência das medidas restritivas na instituição e em Sergipe, os servidores já se acostumaram em adquirir e utilizar suas próprias máscaras, uma vez que há obrigação legal de uso em espaços públicos.

 

Confira o documento na íntegra:

GED – Resposta ao ofício n° 003-2022

 

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