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dezembro 09, 2024

Punição de policiais pela morte de Genivaldo é um marco na história de Sergipe

Escrito por: Secretaria de Combate ao Racismo CUT/SE

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A Secretaria de Combate ao Racismo da Central Única dos Trabalhadores vem a público para ressaltar a importância da decisão judicial histórica de condenação dos três policiais rodoviários federais Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Kléber Nascimento Freitas e William de Barros Noia que assassinaram Genivaldo de Jesus Santos, no dia 25 de maio, no município sergipano de Umbaúba.

A comoção popular e o apoio do movimento negro, movimento sindical e movimentos sociais foram importantes para que o assassinato de Genivaldo fosse investigado e punido. As imagens do assassinato de Genivaldo constituíram prova suficiente. O mundo todo assistiu a forma como os policiais federais abordaram e colocaram Genivaldo no carro da PRF mesmo com o aviso da população de que o mesmo era esquizofrênico.

O julgamento durou 12 dias e a família de Genivaldo acompanhou de perto, com o sofrimento por relembrar cada detalhe deste momento de dor e perda do ente querido. A defesa ainda alegou que Genivaldo reagiu e que não fazia tratamento para esquizofrenia. Por isso a importância das imagens irrefutáveis de Genivaldo algemado pelos pés e pelas mãos sendo colocado dentro do veículo da PRF onde foi jogada uma bomba de gás lacrimogênio levando-o à morte por sufocamento.

Para o estado de Sergipe, a condenação dos três policiais reforça a necessidade de que a PRF, Polícia Militar e Polícia Civil no estado adotem o uso de câmeras no uniforme policial como medida urgente para a redução de “mortes em confronto” que, por falta de provas acabam impunes aumentando o sentimento de dor e revolta do povo preto que continuamente é assassinado. Policiais não estão acima da lei. E Sergipe ainda é o 3º estado com a polícia mais letal do Brasil. Este horror precisa acabar!

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