No Dia do Trabalhador, Servidores do MPSE seguem desvalorizados e não têm o que comemorar


No 1º de maio, data emblemática de luta por direitos da Classe Trabalhadora, os servidores do Ministério Público de Sergipe (MPSE) enfrentam um cenário de crescente desvalorização. Essencial para o funcionamento da instituição, a categoria vê perdas salariais se acumularem ao longo dos anos e muita dificuldade no diálogo com a gestão do órgão.

O Procurador-Geral de Justiça (PGJ), Manoel Cabral Machado Neto, não se reúne diretamente com o sindicato desde janeiro de 2023, dificultando negociações essenciais para a melhoria das condições de trabalho e ajustes salariais. As dificuldades colocadas como argumentos para negar os pleitos da categoria não se repetem quando a gestão atende pedidos de promotores e procuradores da instituição, aumentando a percepção de injustiça.

A negativa do PGJ para permitir que os servidores expressassem suas preocupações durante a sessão do Colégio de Procuradores de Justiça refletiu a postura de distanciamento com a categoria. Essa decisão, tomada sob alegação de inexistência de pautas diretamente ligadas aos interesses dos Trabalhadores Efetivos, foi percebida como uma barreira adicional ao diálogo e um impedimento direto à participação dos servidores em debates cruciais.

Atualmente, os servidores do MPSE amargam as piores remunerações entre todos os Ministérios Públicos do Brasil. A desmotivação causada por essa estagnação salarial é agravada pela ausência de progressões na carreira, que deveriam servir como incentivos para o desenvolvimento profissional e aprimoramento dos serviços prestados.

A data simbólica que é do 1º de maio seria uma excelente oportunidade para que o PGJ apresentasse um pacote de conquistas para os Trabalhadores Efetivos do MPSE. Mas não foi o que aconteceu. Com a Pauta de Reivindicações em mãos desde o início do ano, é necessário que o PGJ não apenas receba a categoria para uma negociação direta, mas priorize as pautas mais relevantes e urgentes para a categoria.

O que deveria ser um momento de reflexão e reconhecimento do valor dos trabalhadores, permanece como mais um dia de luta no MPSE. Os servidores buscam não apenas melhorias salariais, mas também respeito, diálogo aberto e condições de trabalho que reconheçam sua contribuição indispensável ao funcionamento da justiça em Sergipe. A luta por direitos e valorização continua, relembrando que o 1º de maio é muito mais sobre resistência do que celebração.

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