Nesta quinta-feira, dia 20 de julho, o Sindicato dos Servidores do Ministério Público de Sergipe (SINDSEMP-SE) completa 180 dias sem ser recebido pelo Procurador-Geral de Justiça (PGJ), Manoel Cabral Machado Neto. Isso evidencia uma lacuna no diálogo e na representação dos interesses dos servidores junto à instituição.
Desde a única reunião da atual Diretoria Executiva do Sindicato com o gestor, ocorrida em 20 de janeiro, a trajetória de negociações entre o Sindicato e os gestores da instituição foi marcada por seguidos travamentos nas negociações, o que tem gerado preocupação por parte da categoria.
A primeira delas ocorreu devido à publicização de uma enquete da Associação Sergipana do Ministério Público (ASMP), na qual membros do órgão manifestaram interesse em criar novos cargos comissionados, em detrimento da realização de concurso público para Técnicos e Analistas, o que veio a se confirmar posteriormente com a aprovação da Reforma Administrativa.
Após isto, a tarefa das negociações com o sindicato foi delegada à assessoria do PGJ, na pessoa do Promotor Nilzir Soares Vieira Junior, com quem houve avanços, ainda que parciais, com a garantia de diversas conquistas na pauta de reivindicação dos servidores.
Contudo, um novo travamento foi determinado pelo PGJ, que não ficou satisfeito com a atuação independente do sindicato, que buscou informações sobre a reforma do auxílio-saúde, que tramitava a revelia da categoria, em que pese a diretoria ter oficiado, por diversas vezes, a gestão, solicitando acesso ao projeto.
Enquanto o PGJ tem cumprido seu papel institucional ao receber diversas instituições, entidades e representantes da sociedade civil, o SINDSEMP-SE lamenta a ausência de encontros e o desprestígio à sua representação dos servidores. Por outro lado, a Associação Sergipana do Ministério Público (ASMP), entidade de classe dos promotores e procuradores, recebe tratamento diferenciado, o que levanta questionamentos sobre a igualdade de tratamento na instituição.
“Temos um gestor que abre as portas da instituição para receber representantes de vários setores da sociedade, mas que coloca obstáculos para receber os representantes da maior força de trabalho dentro da própria casa, que são os servidores. Nada justifica senão o desinteresse em prestigiar a grande mão de obra da casa”, afirma o servidor e Conselheiro Fiscal, Gleberton dos Santos.
Diante dessa situação, o SINDSEMP reafirma seu compromisso em defender os interesses e direitos dos servidores do Ministério Público de Sergipe. A busca por uma reunião com o PGJ se torna cada vez mais urgente, a fim de garantir que os anseios e necessidades dos servidores sejam ouvidos e considerados.
“A transparência e o diálogo são fundamentais para fortalecer a instituição e promover um ambiente de trabalho em que a categoria sinta-se valorizada, num espaço salutar para todos os profissionais envolvidos. O SINDSEMP segue firme em sua luta por melhores condições de trabalho e valorização dos servidores, buscando sempre a justiça e a igualdade para toda a categoria”, defende Hudson de Jesus Oliveira, Coordenador de Aposentados e Pensionistas do SINDSEMP.