Assembleia avalia negociações com administração e aponta estratégias de luta


Na tarde da terça, dia 20, os Trabalhadores Efetivos do Ministério Público de Sergipe (MPSE) estiveram presentes no auditório da CUT-SE para referendar a postura da categoria diante do aparente fechamento da via de diálogo com a administração da instituição. O encontro foi precedido por uma mobilização feita pela manhã, com visitas a todos os setores do edifício sede por cerca de duas horas, convocando e conscientizando os servidores para participarem da assembleia.


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O principal ponto de pauta na assembleia foi a avaliação das negociações em andamento com a administração da instituição. Foi ressaltado que o diálogo com o Procurador-Geral de Justiça, Manoel Cabral Machado Neto, parece ter sido novamente interrompido, uma vez que duas reuniões foram canceladas nas últimas semanas.

Diante da informação de que uma reforma do auxílio-saúde estaria em discussão e poderia prejudicar os servidores, o Sindicato buscou informações junto à assessoria do PGJ, que disse que só se pronunciaria na reunião agendada para a manhã do dia 20. Foi tentada a antecipação dessa reunião, ainda que fosse sem a presença do PGJ, o que foi negado.

Devido a isso, o Sindicato buscou informações junto à comissão que analisa a matéria antes que ela vá para apreciação do Colégio de Procuradores de Justiça (CPJ). Assim, confirmou-se que a proposta, de fato, é prejudicial aos servidores, com desvinculação do auxílio-saúde de membros e servidores.

Na assembleia, foram discutidas as posturas da administração e as estratégias para cobrar transparência nas pautas de interesse dos servidores

“A vida e a saúde do membro valem mais que as do servidor?” – foi esse o questionamento feito na assembleia por Dennis Christian, coordenador de Finanças do Sindicato, ao explicar para os presentes os detalhes da proposta que chegaram ao conhecimento do Sindicato.

ESTRATÉGIAS

Em razão da falta de acesso aos projetos de interesse da categoria, os servidores discutiram estratégias para enfrentar a falta de transparência e buscar um diálogo real e efetivo para cobrar avanços na pauta de reivindicações. Entre as deliberações, foram aprovadas medidas como uma moção dirigida à administração do MPSE, pedido de novos materiais para intensificação da campanha e que seja feita uma contraproposta para que não se desvincule o auxílio-saúde de servidores e membros, entre outras atividades.

A Diretoria Executiva do SINDSEMP lembrou que os pontos acertados até o momento foram apalavrados pela administração, mas ainda não efetivados, razão pela qual os servidores decidiram, também, cobrar a sua implementação. Estão pendentes a resolução do expediente especial, reajuste do interiorização, alterações na portaria de relotações, auxílio educação infantil e alteração do redoma.

“É fundamental continuar lutando para impedir a injustiça dessa reforma do auxílio-saúde, que traria graves prejuízos para a categoria e suas famílias, além de cobrar a implementação imediata desses pontos conquistados”, destacou Mariana Rocha, coordenadora de Políticas Sociais do SINDSEMP.

DEMAIS PAUTAS

Além da prestação preliminar das contas do V Arraiá do SINDSEMP, assembleia também referendou João Campagnaro delegado no congresso da CUT

Além da avaliação das negociações, outros assuntos foram discutidos na assembleia. A prestação preliminar de contas da V Arraiá do SINDSEMP – solicitada pela comissão organizadora – foi apresentada, informando sobre os gastos do evento. Também foi aprovada a eleição do coordenador João Campagnaro como delegado representante do SINDSEMP no congresso estadual da CUT.

A assembleia foi marcada pela efetivação da fala de que é fundamental, nesse momento de acirramento das divergências entre os interesses da categoria e da administração, que os Trabalhadores Efetivos atendam ao chamado coletivo e se façam presentes na luta. O SINDSEMP reafirma o compromisso em continuar lutando em prol dos interesses dos trabalhadores do Ministério Público, buscando diálogo e transparência nas negociações em curso e chamando a categoria à luta coletiva.

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